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Como a pandemia afeta crianças e adolescentes

Desde março de 2020 fomos afetados drasticamente devido à pandemia do novo Coronavírus, que já tirou a vida de mais de meio milhão de brasileiros. Desde então, cientistas têm pesquisado com afinco não só os padrões de infecção e o vírus, mas também os impactos psicossociais no ser humano.

Devido à epidemia em que vivemos, tivemos que nos reinventar. Trabalhamos de casa, fizemos rodízio de pessoas no escritório e muitas outras alternativas foram pensadas para que não perdêssemos nossos trabalhos. Acabamos nos sentindo estressados, ansiosos e isolados, mas e nossos pequenos brasileirinhos? Como eles vêm se sentindo durante esse período?

Em muitas escolas, foi aderido o EaD (Ensino a Distância), assim, fazendo com que os alunos não perdessem todo o ano letivo, evitando alguns atrasos. Claro, esse modelo não pôde ser desfrutado por todos, já que segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, feita em 2019, mais de 40 milhões de brasileiros não possuem acesso à internet.

Nossas crianças e adolescentes também tiveram que se adaptar a esse modelo, não só de ensino, mas social. Ao perder o contato direto, o abraço, aperto de mão e beijinhos na bochecha, nossas crianças ficaram isoladas, muitas, sem contato algum com seus colegas de classe, fazendo com que muitas se sentissem isoladas e estressadas. Um estudo feito pela professora PhD da Universidade de Kentucky, Ginny Sprang, e pela especialista em comportamento, Miriam Silman, comprovou que crianças isoladas em quarentena tiveram níveis de estresse até quatro vezes maiores que crianças que não estavam.

Então como devemos lidar com isso? O que podemos fazer para ajudar nossas crianças?

Devemos mais do que nunca interagir com eles e propor atividades que podem variar desde jogos online, atividades em família e conversas diretas sobre o que está acontecendo no mundo, para eles ficarem mais tranquilos. 

Jogos online com colegas de classe e amigos ajudam as crianças a socializarem, se sentirem menos isoladas e menos estressadas. Jogos como Gartic Phone e Among Us se popularizaram durante a pandemia por terem como principal fator a comunicação e interação de quem jogava, mas lembre sempre de seu papel como responsável de monitorar o que eles acessam na internet.

As atividades em família podem variar muito, tenho certeza que uma delas é perfeita para a sua. Desde jogos, atividades físicas e meditação. Nossa indicação é a meditação guiada, que se mostra uma ferramenta poderosa em todas as idades. Na plataforma de streaming Netflix, você encontra o título “Headspace: Meditação Guiada”, que nos introduz ao mundo da meditação de uma forma lúdica e interessante para todas as idades. Para quem não possui um plano na plataforma, existem vários vídeos com o mesmo estilo no YouTube. Yoga é outra ótima opção! Busque fazer dessas atividades um hábito e um passatempo de conexão entre vocês. Você pode encontrar ótimos conteúdos em aplicativos para celular e vídeos do YouTube!

E principalmente, converse! A comunicação é essencial para qualquer relacionamento dar certo. Adolescentes possuem crises de identidade e precisam de interação, mesmo que queiram ficar sozinhos. Respeite seu filho(a) e busque entendê-lo(a), esse é o primeiro passo para uma boa relação.

Interaja, converse e ame!